segunda-feira, 10 de maio de 2010

Signos e adivinhações


Quiromancia, cartomancia, necromancia. Todas essas formas de adivinhações parecem arrastar legiões de pessoas em busca de um único objetivo, a previsão do futuro!
Pode parecer absurdo, mas, há gente que paga fortunas para cartomantes lerem seus destinos, ciganos para saber os desenlaces de suas vidas ao longo do tempo e até mesmo gente que faz rituais de magias para descobrir se aquele ente querido deixou algo para trás depois de morrer.
Mas o que move essas artes "ocultas" de adivinhações, é nada mais nada menos do que a obsessão em desvendar o desconhecido, tudo aquilo que é misterioso e oculto aos olhos humanos sempre despertou um fascínio no homem.
E o que não falta no mercado é, sites que prometem revelar em segundos toda uma vida passada, quem ela foi, o que fez, como foi e como ela deverá ser daqui há algum tempo. Revistas de horóscopos nas bancas de jornal têm para todos os gostos.
Mas há aqueles céticos que afirmam que tudo não passa de um charlatanismo de pessoas que exploram as vulnerabilidades alheias.
Mas qual é a verdade afinal?
Não existe uma equação exata para explicar esse fenômeno, pessoas que procuram esse tipo de serviço não têm um perfil específico, classe, cor, credo ou renda exata.
Já os profissionais da área afirmam categoricamente que o serviço prestado por eles tem sim, fins benéficos e de utilidade pública.
No caso mais específico dos horóscopos, um professor meu da faculdade (que não deve ser muito fã disso e muito menos acreditar) disse que há teorias na semiótica que comprovam a existência entre a comunicação entre as informações dadas pelo adivinho e o consultante. Vou exemplificar:
_ Uma cartomante coloca seu baralho sobre a mesa, expõe as cartas e começa a interpretá-las. Ao dizer coisas como "Dama de espadas: Existe uma mulher acima de você bem mais forte que está lutando contra."
Essa informação será captada pelo consultante e interpretada por ele de modo que ele associe a carta Dama de Espada com uma pessoa verídica em sua vida, havendo assim a associação entre figura e pessoa. Mas quando a cartomante diz que ela está lutando contra (não especificando contra quem ou o que), ela deixa aberta a possibilidade do consultante continuar interpretando todo o processo de leitura das cartas. Associação de figura com o real.
A adivinhação ocorre neste momento, onde é dito o que acontecerá, e no futuro quando as coisas transcorrem de modo que o consultante venha a associar o ocorrido com a cartomancia, há o processo de comunicação que foi feito.
O que quero dizer nesse exemplo é, a pessoa independentemente das cartas, ela tem consciência de seus atos, é natural do ser humano relacionar uma coisa com a outra. Quando uma mãe diz ao filho: "Não corra, você vai cair e se machucar", não é necessário nesse caso jogar tarôt pra saber que uma criança correndo tem grandes chances de cair e se machucar, mas dai com a queda, a criança passa a associar a dor da queda com o que a mãe disse. Seria adivinhação isso?
Então, as estastísticas seriam uma espécie de adivinhação também?
Talvez sim, não existe uma verdade absoluta sobre nada.

3 comentários:

Anônimo disse...

Um blog moderno, informativo e bonito. Muito bom Carla. Gostei. Abraços. Cláudia

Carlos Eduardo disse...

Adivinhar? heheheh...Acho o destino incerto, duvidoso e cheio de surpresas. Acredito sim, que algumas pessoas, tem a sensibilidade de sentir ou prever algo, mas na exatidão, é um pouco complicado. Saber o que vai acontecer, é tirar da VIDA o seu lado surpreendente. Estamos num barco, a direção é incerta! Fé em Deus e mar a dentro! Encarando desafios, engolindo peixe e fazendo festa! Vida é isso!

Carla disse...

Hahahahahaha dona Cláudia, é suspeita ao dizer isso!