domingo, 27 de junho de 2010

As dez mais das revistas de moda e comportamento


Nestes ultimos dias em que me ausentei de postagens no blog, estive estudando um pouco sobre o universo da moda e suas implicações. Vistei vários sites, li muitas revistas conceituadas no mercado, jornais, anuncios, filmes, documentários e etc.
Confesso a vocês que fiquei muito assustada com as coisas que lí a respeito de revistas renomadas e comentário de leitores destas.

A crise
Parece que depois que eclodiu a crise financeira de 2008, o mundo não foi mais o mesmo, isso em todos os seguimentos. E como era de se esperar, afetou drásticamente a industria da moda. Mas essa crise financeira não foi o real motivo para tal, a verdade é que essas revistas vem sofrendo ao longo de sua existência, um processo de estagnação  devido ao fato de sempre estarem se reinventando. A febre sobre vida de famosos que pouco interessam aos leitores, virou motivo de rejeição por parte do público que compra uma magazine afim de encontrar matérias sobre, moda.

A decadência

Analisando algumas revistas de moda e comportamento mais lidas e conceituadas do mercado, pude perceber que todas elas estão caminhando para um mesmo destino, a falência. Não, isso não é uma previsão catastrófica, mas sim um sinal de como as coisas estão andando e como ficarão caso as devidas providências não sejam tomadas a tempo.
Depois do filme "O Diabo Veste Prada" onde relata ficcionalmente a vida da editora chefe da Vogue, Anna Wintour, como Miranda Priestly. O filme assim como a vida real, mostra a crise em que a revista se encontra, com a possível substituição de Anna por Carine Roitfeld (editora chefe da Vogue Paris) coincidência ou não, a Vogue é uma das revistas mais caras no mercado, se levar em consideração o seu público alvo.
Recentemente a vogue Americana foi alvo de fortes críticas quando decidiu colocar na capa a atriz do seriado teen "Gossip Girl", Blake Lively. Você deve estar se perguntando, por que tanto escândalo se é uma série de repercussão internacional e atinge a uma grande massa de pessoas, é ai que está,a Vogue tem como filosofia atingir um número seleto de leitores, seus leitores não são um público adolescente deslumbrado com um mundo de sapatos caros, mas sim um mundo onde você tem que saber as escolhas que faz e por que a faz. 
Além do mais, a revista que normalmente lança em suas capas atrizes famosas de Hollywood e das passarelas do mundo todo, estaria apelando a qualquer custo com essa novidade, que pelo que eu li, não agradou nenhum pouco aos seus fiéis leitores.

 Comparação Vogue

A repetitividade das capas é outro assunto que está virando um calo constante, nem precisa nem falar da Vogue Brasil que é a menina dos olhos da americana aqui na América do sul, é?
Há rumores não confirmados de que Isabeli Fontana teria assinado um contrato com a revista, para sair em 12 capas (já se foram 8). Isso daria uma média de que: Em um ano, a cada três meses a modelo apareça nas capas, ou seja, na edição 1 ela sai, na 2 e 3 outras capas, na 4 ela sairia novamente, espera a 5 e 6 e na 7 ela sai de novo. Pouco inusitado não?

Comparação NOVA Cosmopolitan
Se a capa da NOVA fosse uma receita dessas de drink de se servir em boate típicamente feminina, a receita seria: Seja bonita, atraente, tenha feito no mínimo cinco plásticas (só nesse ano), tenha no mínimo 250ml de cilicone, seja uma atriz global ou uma celebridade do momento que tenha muitas curvas e um bronzeado tropical, apareça em todas as colunas sociais, tenha amigas iguais a você, ande sempre com vestidos colados e sem calcinha e por fim, seja muito famosa!Não que esta seja a receita absoluta da capa, mas é a tradicional, e você sabe que tradição não deve ser quebrada.
Mas mesmo que seja esta a única crítica a se fazer a Cosmopolitan, ela ainda se mantém fiel ao que se diz sua proposta inicial de quando surgiu na Rússia, dar poder a mulher de que ela pode ser aquilo que se lê nas revistas.

Comparação a Marie Claire
Apesar de ser uma revista que visa mais o lado intelectual da mulher, ela acaba perdendo seu foco em relação ao que diz respeito ás mulheres. Não se vê uma matéria onde uma colunista ou repórter faça uma entrevista com os assuntos direcionados á política e economia. As matérias jornalísticas são sempre frias, acabam caindo na cilada de mostrar o mundo de um ponto de vista feminista de como seria tudo rosa se as mulheres governassem o mundo. Uma das poucas matérias realmente boas que me arrancaram a frase "valeu mesmo a pena ler isto" foi à entrevista “Falcão, Mulheres do tráfico – Novembro 2007”, “O estilista que amava as mulheres – Julho 2008”, “O milagre da multiplicação – Março 2008”, “As mulheres das FARC – Abril 2008”. Sim essas foram as reportagens que eu fiz questão de comprar a revista.
O que mais me desagrada na MC é que a revista quando vem grossa, ela mais parece uma revista publicitária, tantos anúncios e poucas matérias realmente boas.

Comparando a Elle
Para poupar caracteres, eu prefiro dizer que a crítica a Elle é basicamente as que eu fiz á Vogue. Já que a Elle é concorrente direta e declarada da Vogue, sinto que nas ultimas edições a revista tem se tornado um grande catálogo de compra de free shop do que uma magazine de moda. Seria ingenuidade minha não admitir isso, que as revistas de moda são mais para propaganda do que conceito (mas não deveria ser) já que a publicidade impera nas páginas. O fato de se mostrar ali novas tendências da estação em make, shampoos, roupas, já é uma forma de propaganda, não há mais necessidade de se vender um espaço exclusivo para determinadas marcas ocuparem somente com uma estampa, enquanto ali poderia estar em conjunto, uma matéria conceituando o porque da escolha, porque aquilo acontece naquele momento, ou seja, fazer o papel de uma revista de moda que deveria ser feito mas não é.

Conclusão
Vendo as matérias no blog de moda, About fashion (acesse http://www.aboutfashion.com.br/), notei que tanto o blogueiro como seus seguidores, mostraram sua indignação em relação á postura da Vogue em relação á suas publicações. Ainda digo mais, os leitores estão rejeitando esse tipo de postura e estão mostrando como farão daqui para frente. Um depoimento que me chamou a atenção neste blog foi o depoimento do visitante Jeferson Ribeiro no dia 7 de janeiro de 2009: “O over do over do over é você parar para ler numa revista como a repórter se virou sem sua secretária do lar quando viajou em ocasião do casamento de sua amiga; como ela fez para sair de um vilarejo no meio do nada e chegar linda e sorridente no palácio no meio de alguma cidadezinha européia”. Este trecho do depoimento de Jeferson mostra como os leitores se sentem á respeito das matérias. O melhor jeito de uma revista saber como ela anda vendendo, são os leitores não as comprando, ai eles sentirão nas próprias páginas o nível de produto que eles estão despejando no mercado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este trecho do depoimento de Jeferson mostra como os leitores se sentem á respeito das matérias. O melhor jeito de uma revista saber como ela anda vendendo, são os leitores não as comprando, ai eles sentirão nas próprias páginas o nível de produto que eles estão despejando no mercado. http://www.uggs-hot-boots.com/ugg-classic-tall-boots.html