terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Conversa antiga


Todo início de curso em faculdade tem como iniciação aos calouros uma conversa ou tema em discussão que marca a entrada deste na vida acadêmica, no meu caso não foi diferente.
Em agosto de 2009 quando entrei para a faculdade de jornalismo pela PUC Minas, o tema da hora era "convergência midiática", em meio termo seria, o impresso vai acabar e o eletrônico dominar.
Bobagem para uns e pesadelo para outros (mais conservadores). Desde que o impresso existe vem esse burburinho de que o jornal é algo que pesa no bolso, tanto de quem faz como no de quem o compra (bobagem 1). A década de 2000 foi a década da avalanche tecnológica, isso ninguém pode negar, os blogs virando a nova ferramenta opinativa e expressiva, os fenômenos de tablets que revolucionaram a portabilidade de leitura (seja livro ou revista) ou seja nas redes sociais onde você transmite uma notícia em apenas 140 caracteres. Esses rumores não só apenas me causa vergonha de quem os repassam como me causa nojo em quem acredita. A mais pura verdade é que os impressos estão em uma crise anunciada há tempos e estão atribuindo a sua incompetência de vencê-la colocando a culpa nas mídias eletrônicas, colocando-as como as vilãs da crise em que o próprio impresso se enfiou nestes últimos 10 anos. A mídia eletrônica nada mais fez do que agilizar aquilo que os impressos guardavam para si e publicavam quando conveniente, assuntos de interesse.
A verdade é que a crise que o impresso atravessa é a mesma que o rádio sofreu com a chegada da TV, nem por isso as pessoas ouvem menos o rádio porque as mesmas notícias são dadas em cor e imagem por outro veículo. A verdade é que é mais fácil culpar o outrem do que tentar enfrentar o problema.

Fotos de post "about ELLE Brasil magazine

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