quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Universo de revistas


Os produtos de consumo desta revista são muito elevados, apenas para a nata da elite, suas reportagens são cuidadosamente editadas para um público feminino de crítica refinada e que não deixa o menor detalhe passar despercebido, um público extremamente exigente e que cada vez mais utiliza este veículo como uma de suas fontes de discussão. As revistas de moda cada vez mais tem despertado em seu público feminino o senso de crítica que antes era dominantemente masculino, reportagens com teor político e econômico, mas a pauta do dia não vem colocar em questão o porque do aumento da procura (e oferta) das revistas femininas nas bancas mas sim o seu valor potencial em geral.
Não precisa ser nenhum expert, basta analisar os dados da última pesquisa IBOPE mídia, onde mostra o fenomenal aumento do consumo de revistas em relação ao jornal. Se os jornais declaram crise, as revistas só têm a comemorar, mas o que está por trás deste aumento?
Bom, como sou uma consumidora em potencialíssimo desse veículo impresso e estudante de jornalismo, posso dizer com propriedade que:
Nos últimos dez anos quando as editorias de títulos internacionais aumentaram aqui no Brasil, as revistas tornaram o veículo de maior e melhor informação, seja ela uma revista Época ou Vogue. As revistas (isso tudo ao meu ver) tem uma propriedade enciclopédica, sim, uma matéria de Saint Laurent de 2008 que eu li na Marie Claire ainda é atual em 2011 e não só isso, tornou uma referência de pesquisa, quando preciso lembrar o nome de um estilista, maquiador, fotógrafo, evento ou qualquer outro dado relacionado ao assunto de moda, eu recorro ás revistas. A revista não precisa de energia para ler e nem se conectar a nenhum site, posso ler até de cabeça pra baixo se eu quiser e sei que ela estará ali no meu quarto a minha disposição quando eu quiser. Então respondendo a pergunta, as revistas tem um valor maior que o jornal justamente pelo trabalho desempenhado por ela, em linguagem jornalística:
Melhor pautada, melhores matérias e bem mais apurada (qual matéria seria ideal de se dar credibilidade, uma que leva uma semana ou um mês para ser apurada ou uma que é apurada no decorrer de 3 horas que é do jornal impresso?), melhor editada e revisada... Melhor tudo gente. Não vamos nos iludir em relação ao jornal. Ele sim é importante pois mesmo com toda sua limitação, ele continua sendo parte de algo importante chamado imprensa de fiscalização, aquela que delata os males da sociedade no tempo mais rápido para que o fato não fique esquecido depois de ocorrido. É por esse simples fator que as revistas veem cada vez mais ganhando espaço na preferência do público e o jornal colidindo consigo mesmo nesta trajetória.

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